Espanhol ou castelhano? A história por trás de dois nomes para a mesma língua
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Sabe aquela hora em que alguém diz que fala espanhol e, do nada, aparece outro dizendo que o certo é castelhano? E aí você fica no meio, sem saber se são dois idiomas diferentes, se cometeu uma gafe ou se perdeu alguma aula importante de história?
Pois é. Essa dúvida é mais comum do que parece. E, antes de tudo, deixa eu te tranquilizar: os dois nomes estão certos. Só que, como quase tudo em se tratando de idioma, tem contexto, tem política, tem cultura — e tem história.
Vamos voltar um pouco no tempo.
Castela, o berço do que viria a ser o espanhol
Lá no norte da Espanha, existia uma região chamada Castela. Estamos falando da Idade Média, mais ou menos século X. Ali se falava um dialeto chamado… adivinha? Castelhano. Era só mais um entre tantos outros da Península Ibérica, como o galego, o basco, o catalão.
Acontece que Castela foi ganhando poder político. E quando os reis católicos unificaram a Espanha, lá pelo fim do século XV, escolheram justamente esse dialeto como idioma oficial. A partir daí, o castelhano virou língua nacional — e ganhou carona com o poder.
Quando o castelhano virou “espanhol” (e por quê)
A língua que antes era só de uma região virou símbolo do país. E aí veio o nome “espanhol” — não tanto por uma questão linguística, mas identitária mesmo.
Era o idioma da Espanha. Simples assim.
Quando os espanhóis cruzaram o oceano durante o período colonial, levaram esse idioma com eles. E para os povos das Américas, o que chegava era o espanhol — o idioma do colonizador.
E assim o nome pegou. No Brasil, na Argentina, no México, no Chile… espanhol virou o nome mais usado, o mais reconhecido.
Mas então… tem diferença?
Na prática, nenhuma. Castelhano e espanhol são dois nomes para a mesma língua.
Mas o uso de um ou de outro pode carregar intenções. Em partes da Espanha, por exemplo, chamar a língua de castelhano é uma forma de destacar que ela não é a única falada no país — já que também existem o catalão, o basco, o galego. Chamar tudo isso de “espanhol” pode soar como apagamento cultural.
Na América Latina, por outro lado, quase todo mundo diz espanhol. É o termo mais comum, o que aparece nos livros, nas escolas, nos vestibulares. Castelhano até aparece aqui e ali, mas mais em contextos formais ou históricos.
No fim das contas, o que vale?
Vale saber que os dois estão certos. E que entender essa diferença vai além da gramática: é aprender como uma língua carrega muito mais do que palavras. Ela traz junto geografia, memória, identidade.
E, cá entre nós: quanto mais a gente entende o idioma que aprende, mais ele deixa de ser só uma matéria e vira uma lente nova pra enxergar o mundo.
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