Conheça a ciência por trás do aprendizado de idiomas
7 minutos de leitura.
Falar vários idiomas complexos pode ser um dom humano, pois nem todas as pessoas conseguem aprender diversas línguas durante a vida. A linguagem é um assunto particularmente estudado na neurociência e em outras disciplinas acadêmicas. Ela está intimamente relacionada ao funcionamento cerebral e à uma ampla gama de processos neurais.
A capacidade de aprender novos idiomas permite a recombinação de palavras escritas e pronunciadas em outras línguas. Isso gera novas ideias a partir de elementos do vocabulário. É um recurso poderoso que também desempenha um papel relevante no cérebro humano.
Neste post, vamos falar um pouco mais sobre os idiomas e a ciência por traz do aprendizado. Gostaria de compreender os processos cognitivos e neurobiológicos envolvidos na assimilação de uma nova língua? Acompanhe a leitura!
Processos cognitivos: memória, atenção, percepção e raciocínio
Estudos mostram que pessoas que falam outras línguas tendem a ser mais criativas para a resolução de problemas e geralmente demonstram maior flexibilidade de aprendizado em outras matérias. Os alunos que estudam idiomas conseguem desbloquear diversas habilidades cognitivas, desde que demonstrem vontade de se adaptar e aprender.
Veja, a seguir, as melhorias que esses estudantes obtêm em seus processos cognitivos!
Memória
Quem estuda novas linguagens desenvolve facilidade de aprendizagem porque o aprendizado envolve habilidades de memorização. O aluno precisa se esforçar um pouco para aprender novas regras gramaticais e palavras em inglês, por exemplo, e recordar o que está aprendendo colocando o ensino obtido em prática.
As pessoas que falam outras línguas também podem ter um melhor desempenho em testes de memória de curto e longo prazo — e não importa se aprenderam a nova linguagem quando crianças ou na fase adulta.
Por fim, a aprendizagem ajuda os alunos a terem competências aprimoradas para outras áreas das suas vidas. Esses estudantes percebem melhorias em suas capacidades mentais para a tomada de decisões e resolução de problemas.
Atenção
Ao estudar um novo idioma de forma continuada e semanalmente, o estudante percebe que a sua concentração está melhor, além de outros impactos positivos. Depois de algum tempo estudando uma nova língua, o aluno verifica a ocorrência de um impacto positivo em seus níveis de atenção, concentração e estado de alerta durante as aulas.
Percepção
Um estudante de idiomas amplia a sua percepção dos mais diversos cenários e fatores do cotidiano. Consequentemente, as suas habilidades de comunicação se tornam mais fortes e ele se torna mais empático. Essas características são fundamentais para o sucesso na aprendizagem de uma segunda língua e para a alavancagem da carreira profissional.
Falar uma nova linguagem pode ajudar os profissionais a melhorar a sua capacidade de ver as coisas por outra perspectiva, pois a prática das competências acadêmicas envolvidas no estudo de idiomas possibilita o desenvolvimento de uma escuta ativa.
Raciocínio
Estudar idiomas melhora o raciocínio e o desempenho acadêmico, uma vez que os alunos que fazem cursos de inglês, francês, espanhol ou outra língua alcançam vantagens em outras disciplinas, como biologia e matemática.
Isso ocorre porque novos processos cerebrais são ativados quando alguém estuda novos termos, textos em inglês e suas pronúncias — e isso modifica o forma como é feita a busca por soluções.
Plasticidade cerebral e remodelação neural
O cérebro tem a capacidade de remodelar as suas conexões neurais para beneficiar os alunos que buscam aprender novos idiomas. Em virtude disso, aprender uma língua estrangeira pode aprimorar a sua plasticidade cognitiva, tendo em vista que as novas tarefas de aprendizagem requerem o acionamento de extensas redes neurológicas.
A aprendizagem tem o poder de estimular as mais variadas habilidades cognitivas — por exemplo, raciocínio indutivo, memória de trabalho, discriminação sonora, troca de tarefas, segmentação de fala, memória semântica e aprendizagem de regras.
O estudo de uma segunda língua durante a idade adulta produz efeitos estimuladores, promove o fortalecimento das redes cerebrais e melhora a cognição, ajudando a manter pessoas com idade mais avançada mentalmente saudáveis.
Aprender uma língua estrangeira, portanto, pode representar uma intervenção cognitiva útil para promover um envelhecimento saudável, pois é possível treinar o cérebro antes que surja uma condição neurodegenerativa.
Influência do ambiente social, imersão e interação cultural no aprendizado
As mudanças neurais podem ocorrer com estímulos ambientais ou sociais, imersão, demanda cognitiva, interação cultural, experiência comportamental, intensidade e frequência do uso de uma língua estrangeira.
Isso significa que você pode aprender um idioma estando conectado com outras culturas, realizando negócios e viagens, ou mudando-se para outro país.
Teorias de aprendizado linguístico
A linguagem faz parte do cotidiano e, ainda assim, muitos estudantes acreditam que é difícil aprender inglês ou uma nova língua. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, é possível iniciar esse aprendizado durante a vida adulta, embora seja natural ter mais facilidade na infância.
Observe abaixo o que dizem algumas teorias sobre o aprendizado linguístico!
Processamento de Informação
Essa teoria traz a ideia de que todo o conhecimento obtido depende do processamento das informações que estão ao nosso redor — ou seja, vem de fora, por meio das experiências sensoriais.
Sendo assim, falar outros idiomas não é um dom inato que você recebe ao nascer, e sim o resultado dos conhecimentos absorvidos durante as rotinas.
Aprendizagem Social
A teoria da aprendizagem social aponta que a aquisição das novas linguagens depende das interações sociais dos estudantes. Desse modo, o aprendizado de um idioma não é um esforço apenas individual, pois é moldado pelas oportunidades de praticar os novos conhecimentos e pelas colaborações com outras pessoas, de acordo com o seu contexto cultural.
Teoria Cognitiva
A teoria cognitiva enfatiza a importância dos processos cognitivos — como atenção, memória e resolução de problemas — para facilitar a jornada de aprendizagem de idiomas.
Por esse motivo, para falar uma língua estrangeira, o estudante não precisará apenas aprender novas palavras e regras de gramática. Ele precisará ter experiências envolventes e significativas.
Incorporação dos princípios científicos na educação online
Esses princípios científicos podem ser bem-sucedidos com o auxílio das tecnologias acessíveis e fáceis de usar. Existem aplicativos para smartphones, por exemplo, que possibilitam a incorporação de diversas soluções tecnológicas ao ensino de idiomas. Eles são recursos importantes para realizar atividades que permitam aos alunos a realização de tarefas auditivas e para a prática da pronúncia.
Entendeu como funciona ciência por trás do aprendizado de idiomas? É fundamental entender esses princípios científicos para otimizar os seus métodos de aprendizado. Aplique as nossas dicas e insights para obter uma abordagem mais eficaz em sua jornada de desenvolvimento de uma nova língua.
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